Precisamos mesmo falar de diversidade?
Diversidade é daquelas coisas que nem deveriam ser discutidas, de tão óbvia e necessária. Mas como ainda não chegamos lá, continuamos a falar a respeito e insistindo na sua importância.
Precisamos. Até que seja óbvio.
“Diversidade é qualquer dimensão que possa ser usada para diferenciar grupos e pessoas uns dos outros.”
Lendo isso, um conceito tão conciso e direto, parece simples de aplicar. Mas ainda estamos começando essa jornada da diversidade.
Transformar a diversidade em um movimento ou política a serem perseguidos, com técnicas e formatos, é mais do que necessário; é urgente. Precisamos quebrar de alguma maneira essa ideia de somente unir os iguais, que vemos acontecer para quase todos os assuntos hoje, para partir para o entendimento das maravilhas das diferenças.
Não vou falar de polarização política ou de comportamento – não tenho conhecimento suficiente para isso; só palpites. Mas posso falar pelo o que vejo no meu cotidiano profissional e como espectadora da vida.
Precisamos pensar sobre diversidade todos os dias. Porque as nossas queixas e injustiças do cotidiano têm tudo a ver com a falta dela.
No ambiente de trabalho, é bem simples: Empresas com um equilíbrio saudável entre homens e mulheres são 21% mais propensas a superarem seus concorrentes. Se houver uma boa mistura de raças e etnias, esse número vai para 33%. E equipes com diversidade de gênero, idade e etnia tomam melhores decisões 87% das vezes.1
Na educação, um ambiente diverso prepara para o mundo globalizado, expande interesses e estimula a empatia. Para a cultura, a diversidade proporciona novas conexões e o desenvolvimento da capacidade artística e cultural.
Ou seja, a diversidade traz vantagens para toda a sociedade. Precisamos incorporar pessoas, não importando sexo, gênero, raça, religião, classe social, geração, necessidades especiais…
E eis que se percebe que a diversidade não tem a ver com minorias.
Tem a ver com… bem, com diversidade.
1 Delivering through Diversity – McKinsey & Company
