Desde que a Carmed e a Fini se juntaram para o lançamento do hidratante labial inspirado no cheiro e sabor das balas de Dentadura, Banana e Beijo, e juntas as marcas venderem R$ 40 milhões em menos de 20 dias, as indústrias estão cada vez mais atentas as famosas collabs.
Mais do que atenção nesse mercado crescente, fomentar discussões e gerar insights para diferentes indústrias simultaneamente com narrativas consistentes têm pautado o mercado da comunicação e podemos assistir algumas manobras interessantes. Como o fato dos Jogos Olímpicos 2024 de Paris terem sido patrocinados pelo grupo de luxo LVMH, dona da Dior e Louis Vuitton.
Sabemos que o esporte é uma poderosa ferramenta para despertar e engajar emoções humanas, além de trazer visibilidade e relevância para acessórios e produtos. De acordo com dados da WGSN, até 2029, o mercado de esportes deve apresentar uma taxa de crescimento anual de 11,94% no Brasil, com um um volume projetado de R$31 bilhões por ano, equivalente 3,3% do Produto Interno Bruto. Tendo os boomers (os nascidos entre 1945 e 1964) lideraram as conversas no espaço esportivo.
De olho nesse mercado de colaborações bem-sucedidas e na expectativa das próximas – ou ainda nas oportunidades que impulsionam as próximas -, temos o caderno da Tilibra com a foto icônica do surfista brasileiro Gabriel Medina flutuando após conseguir a nota mais alta da história no surf nos Jogos Olímpicos ou a ginasta campeã olímpica Rebeca Andrade como Barbie pela Mattel.
“Forças e valores combinados criam pontes de diálogo com diferentes públicos. E, quando bem-sucedidas, essas colaborações são uma excelente maneira de trazer de volta a empolgação, o senso de exclusividade e a expectativa de saber qual será a próxima”, ressaltou Daniela Dantas, VP da WSGN América Latina, na estreia da primeira edição do Mix’n Match, entre a plataforma de tendências e a agência de publicidade Mess.
Nessa estratégia de co-branding, as empresas apresentaram exploraram o tema: “Um novo horizonte para colaborações”, trazendo diversas perspectivas de como as marcas têm se relacionado com criadores de conteúdo, personalidades e a importância das comunidades para além de números. Uma discussão sobre propósitos e conversas reais para empresas que desejam explorar novos mercados ou atingir públicos distintos, sem perder de vista o DNA de suas marcas. E, para isso, escolheram justamente os segmentos de esportes e beleza para evidenciarem as novas narrativas e como essas áreas podem fomentar conversas entre si e com outros mercados.
No bate-papo, a diretora criativa e co-fundadora da The Business of Sports, Elisa Gijsen, salientou como os atletas já são os novos criativos e como a moda transcende o que entendemos como uniformes esportivos. Quem não se lembra do look da tenista japonesa Naomi Osaka durante o US Open, torneio realizado nos Estados Unidos, feito exclusivamente para a atleta? Uma saia de bailarina volumosa verde e branca e uma jaqueta corta-vento branca cintilante, fruto de uma parceria entre a Nike e a designer Yoon Ahn, fundadora da marca Ambush.
A gerente sênior de mídia & performance do Grupo Boticário, Sheila Ribas defendeu as conexões que tenham sinergia para além dos números de engajamento, potencializando a inovação e gerando valor para os consumidores. O famoso poder das comunidades. Personalidades e marcas precisam ter valores alinhados. É necessário imprimir verdade, ou seja, um storytelling baseado em histórias reais. Afinal, pessoas se conectam com pessoas.